28 de agosto de 2011

Pare o mundo que eu quero descer


"Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la. Que o abraço abrace. Que o perdão perdoe. Que tudo vire verbo e verbe. Verde. Como a esperança. Pois, do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo."


Artur da Távola

20 de agosto de 2011

"Um dia, vinte anos, duas pessoas"

David Nicholls parece ter "acertado a fórmula" ao escrever o já considerado best seller: "Um dia, vinte anos, duas pessoas". A obra que já conquistou o público,tem sido bastante elogiada pela crítica e teve seu roteiro adaptado para o cinema,com Anne Hathaway no elenco.

Geralmente gosto de ler o livro antes de ver o filme, porque acho que o primeiro sempre (ou na grande maioria das vezes) supera o segundo, mas acho que nesse caso não vai dar tempo. Mesmo assim, a julgar pelas críticas que tenho lido, me parece que a história é mesmo muito bacana, com um roteiro bastante original.

Temas como "perdas" e "o valor da amizade" estão presentes na história.
A amizade aqui, é abordada como a base do relacionamento romântico, o que me faz concordar com o autor.


SINOPSE
Podemos viver toda uma vida sem nos
apercebermos de que aquilo que
procuramos está mesmo à nossa frente.

15 de Julho de 1988. Emma e Dexter
conhecem-se na noite em que acabam
a universidade. No dia seguinte, terão
de seguir caminhos diferentes.

Onde estarão daqui a um ano?
E no ano depois desse?
E em todos os anos que se seguirão?



Na adaptação para o cinema,o filme - que tem estréia prevista no Brasil para novembro - tem como título "One Day".







* Pra saber mais sobre o autor e sua obra, críticas e vídeos, clique aqui


(postado por Julie)

"Proteção"


"Eu continuo sem saber que maravilha
a vida poderia me reservar se eu não
me protegesse tanto."


Tati B.



(postado por Julie)

17 de agosto de 2011

O MELHOR DA ARQUITETURA 2011


Já está aberta a votação para o prêmio "O MELHOR DA ARQUITETURA 2011", promovido pela revista "Arquitetura e Construção" da Editora Abril.
A quarta edição da premiação conta com mais de 400 inscritos em 10 categorias:

  • Intervenção Urbana

  • Retrofit

  • Bares, Restaurantes e Casas Noturnas

  • Escritórios

  • Lojas e Showrooms

  • Hotelaria

  • Residencial (subcategorias: cidade,praia,campo, reforma de casa e reforma de apartamento)

  • Edifícios Institucionais (subcategorias: educação,lazer,saúde,cultura, administrativo)
  • Edifícios Comerciais ou de Escritórios

  • Condomínios Residenciais (horizontais ou verticais)


Os vencedores serão premiados com troféu "O MELHOR DA ARQUITETURA" e terão seus projetos publicados na revista "Arquitetura e Construção".
Além de estimular a criatividade ao motivar idéias inovadoras, o prêmio abre portas para jovens talentos mostrarem seus trabalhos. Iniciativas como essa são extremamente importantes para a divulgação e valorização dos nossos profissionais da arquitetura. Bom pra eles e pra nós brasileiros!


Quer dar uma conferida nos projetos e registrar seu voto? Clique aqui


A votação no site será feita até o dia 22/09.


(postado por Julie)


16 de agosto de 2011

TUDO O QUE HOJE PRECISO REALMENTE SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA...

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.


"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"...

Pedro Bial



(postado por Etel)

15 de agosto de 2011

"Sutileza do dia"

Elliott Erwitt



"...eu riria sem motivo e você perguntaria por que, eu não responderia, saberíamos..."


Caio Fernando Abreu




(postado por Julie)

14 de agosto de 2011

"Fone de ouvido no último volume e o mundo no mudo"

O discurso imperativo e multifacetado do "in/out", cansa...
Feliz (ou não) é a minoria dos outsiders...


por Mário Bortolotto

Outsider:Quem não se enquadra

"A figura do outsider. Do cara que não se enquadra. Do sujeito que não faz questão de pertencer a nenhuma turma. O cara que no colégio sentava na última carteira, não falava com ninguém e ia embora sozinho. Havia algo de muito maneiro em figuras desse naipe.

Numa sociedade onde qualquer babaca quer virar celebridade, a figura do “ninguém” sempre me pareceu o melhor modelo de vida. E aqui não vai nenhuma pretensão estilosa do tipo “é legal ser diferente”. Porra nenhuma. O que eu penso é que simplesmente “ninguém precisa ser igual”.

Cada pessoa devia andar por aí rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seu livre arbítrio. Mas não é o que tem acontecido.

Assisto sem nenhum entusiasmo e com bastante perplexidade aqueles filmes americanos de turmas de universidade com aquelas indefectíveis fraternidades onde o cara passa por uma coleção inimaginável de humilhações apenas com o inacreditável intuito de ser aceito em uma fraternidade de babacas. Não é muito diferente das merdas dos trotes universitários brasileiros. Babaca não respeita geografia.

Fico imaginando o que leva uma pessoa a essa necessidade doentia de ser aceito. E com o tempo me parece que em busca de aceitação as pessoas têm se padronizado de maneira assustadora e alarmante.


Hoje em dia a rapaziada usa piercing, tatuagem (não que eu tenha exatamente nada contra o uso de piercings ou tatuagens, mas é que parece que grande parte da molecada começa a usar apenas numas de copiar outra pessoa e aí é esquisito), o mesmo corte de cabelo, gosta das mesmas músicas e das mesmas roupas e emprega as mesmas expressões (“Galera”, “é dez”, “é show”, “baladinha” e outras que eu não consigo sequer repetir aqui sem ter o meu estômago revirado) e aí ele se sente parte de alguma coisa, é compreendido e aceito e não vira motivo de zombaria entre os demais, justamente por não ser diferente.



Então o que acontece é muito simples. Se o sujeito tá num grupo onde o lance é odiar alguém, seja quem for, pode ser negro, viado, gordo, mulher ou o Mico-Leão Dourado, então o cara vai passar a odiar, ele nem sabe o motivo, é que a turma odeia e ponto. E se a turma pinta o cabelo de azul, então o panaca pinta também. E se a turma acha que é legal praticar artes marciais pra sair dando porrada em desavisados noturnos, então o cara automaticamente se inscreve numa academia e sai de lá o mó Steven Seagal.E acha legal sair de carro com uma piranha oxigenada (esses caras sempre andam com piranhas descerebradas que são apreciadoras de bravatas intimidatórias) e provocar o primeiro sujeito pacífico que eles cruzarem pela frente. E vai ser providencial se eles pegarem pela frente um carinha com um livro do Kafka no ponto de ônibus. Esses caras nutrem um profundo ódio por qualquer sujeito que consiga articular mais que duas frases inteligíveis. E as suas piranhas são as primeiras a aplaudir o massacre.



Não tô aqui querendo de maneira nenhuma desmerecer o trabalho de alguns professores de artes marciais que sei o quanto são sérios e dignos. Mas é que sem a devida orientação eles estão criando um exército de babacas extremamente perigosos.E é claro que a mídia e a publicidade incentivam irresponsávelmente esse estilo de vida. Elas querem todo mundo comprando e consumindo as mesmas coisas, coisas essas que eles fabricam em larga escala para atender a demanda desenfreada.

Numa novelinha como Malhação, só pra citar um exemplo bastante óbvio, a impressão que fica é que o roteirista escreveu um monólogo e depois distribuiu as falas entre vários personagens. Não há diferenciação de personalidade. Todos falam as mesmas coisas, do mesmo jeito e usando as mesmas expressões. Em resumo: fique igual e permaneça legal.Há um processo de idiotização total e irrestrita avançando a passos largos. E essa busca pela padronização e no conseqüente status mediano (estou sendo generoso com esse “mediano”) que as pessoas têm alcançado ganhou por esses dias duas novas forças de responsa.



A MTV “onde é que estão os clipes, porra?” estreou dois programas que são verdadeiras aberrações. O primeiro deles é o tal Missão MTV onde a Modelo Fernanda Tavares totalmente destituída de qualquer coisa que possa ser chamada de carisma, apesar de bonitinha (é o mínimo que se pode esperar de uma modelo) é chamada para padronizar qualquer sujeito que não esteja seguindo as regrinhas do que eles chamam de “bom gosto”. Então se uma garota não fizer o gênero patricinha afetada, então ela automaticamente está out e a missão da Fernanda é introduzir a “rebelde” ao mundo dos iguais.E dá-lhe o que eles chamam de “banho de loja”. Se o cara usa roupas largas e o cabelo sem uma preocupação fashion e ainda se diz roqueiro, então eles transformam o coitado num metrosexual glitter afetado e por aí vai. Parece que a mulher vai dar um jeito no quarto de um sujeito. Ela diz que tá tudo errado no quarto do cara. Como assim? É o quarto dele, porra. Enfim, é proibido ter estilo. Quem não se enquadra, sai de cena. Em resumo, um programa vergonhoso.

Mas o pior ainda é o outro: O inacreditável e assustador Famous Face. Sacaram qual é a desse? Uma maluca encasqueta que quer ficar parecida com a Jeniffer Lopez ou com a Britney Spears e tal estultice é incentivada. Em resumo, a transformação é filmada e testemunhamos a verdadeira frankesteinização sofrida pela pobre iludida. Ela se submete à operação plástica, lipoaspiração e o caralho. Chega a ser nojento. Eu não entendo qual é a de um programa como esse. Será que a indústria da cirurgia plástica tá precisando de uma forcinha? Eu duvido. Nunca vi se falar tanto em botox, silicone, lipo e outras merdas. Todo mundo tentando evitar o inevitável. Todo mundo querendo retardar o tempo incontrastável. Vivemos cada vez mais em uma gigantesca e apavorante Ilha do Dr. Mureau. Foda-se Dorian Gray. Eu sou bem mais as rugas de Hemingway."

* Texto publicado no blog do autor: Atire no dramaturgo



(postado por Julie)


12 de agosto de 2011

Ter filho não é pra todo mundo

A sociedade ensina (e cobra) o tempo todo, que o indivíduo cumpra o "ciclo natural" da vida humana: nascer, crescer, se casar, se reproduzir e então - depois de cumprida sua "missão" - envelhecer e partir.
Mas afinal, ter ou não ter filhos??
Achei bastante interessante essa abordagem sobre o tema.
Reflitam!



por José Martins Filho

"Vamos ser francos: quem realmente tem capacidade para se dedicar a uma criança como deveria? Faça a análise antes de ter uma!

Será que todos os seres humanos precisam ser pais? Não sei. Cuidar bem de uma criança, além de ser de sumária importância, dá um trabalho danado. Crianças choram à noite, nem sempre dormem bem, precisam de cuidados especiais, de limpeza, de banho, alimentação, ser educadas e acompanhadas até a idade adulta. E, principalmente: crianças precisam da presença dos pais, sobretudo as menores, que requerem a mãe na maior parte de seu tempo. Não é dando dois beijinhos pela manhã antes de ir para a creche, ou colocando a criança para dormir à noite, que será possível transmitir segurança, afeto e tranquilidade. Escuto muito a seguinte frase: “Doutor, o que interessa é a qualidade do tempo junto e não a quantidade”. Duvido. Diga ao seu chefe que você vai trabalhar apenas meia hora por dia, mas com muita qualidade. Certamente ele não vai gostar. Seu filho também não.

Sejamos sinceros, nem todo mundo está disposto a arcar com esse ônus. Talvez seja melhor adiar um projeto de maternidade, e mesmo abrir mão dessa possibilidade, do que ter um filho ao qual não se pode dar atenção, carinho e presença constante. Lembre-se que é preciso dedicar um tempo razoável: brincar junto, fazer os deveres de casa, educar, colocar limites.

Como fazer tudo isso e ainda continuar no mercado de trabalho? Usando seu horário de almoço para comer junto com seu filho. Fazendo visitas na creche durante o dia. Passeando no final de semana, em atividades em que a criança seja prioridade, como praia, parques, jogos em conjunto. Por favor, isso não inclui shopping center.

Sou obrigado a fazer todas essas coisas? Claro que não. Mas ser pai e ser mãe também não é uma obrigação, sobretudo nos dias de hoje em que a vida oferece infinitas possibilidades. Trata-se de uma escolha. E, como toda escolha, pressupõe que você abra mão de outras tantas. O que se propõe? A volta da mulher à condição de dona de casa? Também não. O que se propõe é a conscientização da paternidade e maternidade. A infância determina a vida de todos nós. Ela é fundamental para a existência humana. Na esfera psíquica, os primeiros dois anos significam a base da construção de uma personalidade saudável. A violência, a agressividade, a falta de ética, a amoralidade dos tempos modernos não são apenas fruto de dificuldades econômicas e sociais, mas da falta de amor, educação, limites.

Com a vida moderna, as crianças passaram a ocupar um papel secundário ou terciário na vida familiar. Lembre-se de que o futuro da humanidade vai depender dessas crianças que, provavelmente, chegarão aos 100 anos de idade. Fico triste quando, no consultório, a mãe não pode estar presente, ou o pai. E nem mesmo a avó: apenas a babá.

Deveríamos fazer uma análise tranquila antes da maternidade ou da paternidade. Queremos mesmo mudar nossa vida? Vamos ter condições de participar intensamente da vida desse novo ser? Se lograrmos essa consciência, tenho certeza de que o mundo irá melhorar"


*José Martins Filho é médico pediatra, autor do livro A Criança Terceirizada, professor e pesquisador do Centro de Investigação em Pediatria






P.S. - Eu ainda não consigo me imaginar sendo mãe (nem agora e nem daqui a alguns breves anos). Talvez eu mude de idéia, talvez não. Alguns por isso, me chamam de egoísta. Mas sinceramente, pra mim, egoísmo é pensar em ter filhos por pura "realização pessoal". Há de se estar disposto (pai e mãe), em abrir mão de alguns sonhos pessoais pra poder realizar os sonhos dos filhos quando é necessário.Filho não é um projeto o qual se pode desistir, adiar, "mudar de idéia". Filho é uma "tatuagem na cara". É pra vida toda, é amor primário e intrasferível. É responsabilidade e, principalmente amor verdadeiro.



Bom, pensando assim, talvez eu plante uma árvore, escreva um livro.....ou, quem sabe, tenha um filho...rsrs





(postado por Julie)

2 de agosto de 2011

Simples assim...


"...então sentiu que precisava de um abraço...
Mas não qualquer abraço

Precisava de um abraço calado, demorado...
Daquele que faz as almas se encontrarem
Se entenderem no silêncio

Que dá a sensação de lugar seguro
Sem passado nem futuro
Só presente

Um abraço espontâneo e por inteiro
Que faz esquecer a fragilidade da vida
A transitoriedade dos laços
A confusão diária e a bagunça do lado de fora (e de dentro)

Abraço sem formalidade
Sem outros sentidos
Sem pressa

Puro, simples, amigo..."

: )


(postado por Julie)

1 de agosto de 2011

Sobre o recomeço...


"Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.
O que é preciso mesmo é ter coragem para abrir o presente."


(Recomeço - Ana Jácomo)


postado por Julie