31 de maio de 2011


"You don't need to explain your dreams. They belong to you"



Paulo Coelho




(postado por Julie)

30 de maio de 2011

Pra relaxar...

Depois de uma "segundona brava", nada melhor que chegar em casa e dar uma relaxada...né não?? Essa versão acústica de "perfect" da Pink, ficou bem bacana com a banda Boyce Avenue.Apesar de gostar da versão original com a Pink, acústicos são sempre bem vindos.
Bom finzinho de segunda pra vocês...
: )




(postado por Julie)

29 de maio de 2011

Profeta Gentileza



Fiquei com essa música na cabeça a semana toda,apesar de não escutá-la há um bom tempo.Acho bacana a história dela e quis postar aqui.Mas enfim,creio que a maioria sabe que ela foi escrita em homenagem ao "Profeta Gentileza"...alguém lembra dele??

O que eu sabia era que foi um senhor carioca, conhecido como "pregador", por inscrever "palavras de gentileza" sob um viaduto no Rio de Janeiro. A frase mais conhecida dele é: "Gentileza gera gentileza".
Daí fui pesquisar o oráculo (Google) pra saber mais sobre,e descobri entre outras coisas que ele faleceu no dia 28/05/1996, aos 79 anos (ontem fez 15 anos desde sua morte)


Bom, vou tentar reproduzir um pouco a história dele,em tópicos:

* Seu nome era José Datrino e por volta dos treze anos de idade dizia ter premonições sobre sua missão na terra: "abandonar o mundo material e se dedicar ao mundo espiritual".

*Teve uma infância difícil, trabalhando no campo, onde aprendeu a amansar burros pro transporte de carga. Mais tarde, já conhecido como profeta, se dizia "amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento".

*Ficou conhecido como "José Agradecido" ou "Profeta Gentileza" depois de voluntariamente prestar conforto, com palavras de gentileza, as familias das vítimas da tragédia ocorrida em Niterói em 1961: um grande incêndio no Gran Circus Norte-Americano, onde morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças.

* Na década de 70, percorreu as cidades, pregando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza. Aos que o chamavam de louco ele respondia: "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".

*Contradições: um artigo de autoria da professora Luiza Petersen e do jornalista e escritor Marcelo Câmara, que conviveram com Datrino ("Jornal do Brasil" de 21/02/2010) e rebatido por outro artigo publicado no Jornal do Brasil afirma que ele, apesar de falar em gentileza como um mantra, era "agressivo, moralista e desbocado [...] Vociferava, ofendia e ameaçava espancar transeuntes", ao ponto de às vezes ser necessário chamar a polícia para acalmá-lo. "Suas principais vítimas eram as mulheres de minissaia ou com calças apertadas, de cabelos curtos, que usavam maquiagem, salto alto e adereços [...] A maioria da população, especialmente as mulheres e crianças, fugia dele". A imagem que se criou dele após sua morte, segundo os autores, não corresponde às lembranças dos que conviveram com ele durante os anos 1960 e 1970.

* A partir de 1980,ele encheu as pilastras do Viaduto do Caju (que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km), com inscrições em verde e amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.

* Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza.
A eliminação das inscrições foi criticada e posteriormente com ajuda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, com o objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.

* Em 2001, foi homenageado pela Escola de Samba GRES Acadêmicos do Grande Rio.

* Em Conselheiro Lafaiete, cidade do interior de Minas Gerais, há um amplo trabalho feito pela ONG AMAR que dá continuidade ao trabalho do Profeta Gentileza. Foram desenvolvidas oficinas com jovens da cidade, onde foi possível repassar as técnicas de mosaico. Além disso, um grande muro no bairro São João recebeu uma linda aplicação de mosaico. E a praça São Pedro, no bairro Albinopólis, foi toda decorada seguindo o exemplo do Profeta Gentileza.

* Além de Marisa Monte, o compositor Gonzaguinha, homenageou o profeta na música "Gentileza" nos anos 80, como se vê no trecho: "Feito louco / Pelas ruas / Com sua fé / Gentileza / O profeta / E as palavras / Calmamente / Semeando / O amor / À vida / Aos humanos".
Já a música de Marisa Monte,enfatiza o apagamento das inscrições: "Nós que passamos apressados / Pelas ruas da cidade / Merecemos ler as letras / E as palavras de Gentileza"), retratatando os danos ocorridos contra os murais, como diz o trecho: "Apagaram tudo / Pintaram tudo de cinza / Só ficou no muro / Tristeza e tinta fresca.".

* No ano de 2000, na cidade de Mirandópolis (SP), onde o profeta está enterrado, foi criada a primeira ONG da cidade: Gentileza Gera Gentileza, fundada por parentes e amigos que admiravam a filosofia de vida do Profeta. A ONG, além de lembrar a pessoa de José Datrino (Profeta Gentileza), em sua criação, tinha a missão de difundir educação e cultura em toda a região.

*Gentileza denunciava o mundo, regido "pelo capeta capital que vende tudo e destrói tudo". Via no circo destruído uma metáfora do circomundo que também será destruído. Mas anunciava a "gentileza que é o remédio para todos os males". Deus é "Gentileza porque é Beleza, Perfeição, Bondade, Riqueza, a Natureza, nosso Pai Criador". Um refrão sempre voltava, especialmente nas 56 pilastras com inscrições na entrada da rodoviária Novo Rio no Caju: "Gentileza gera gentileza, amor". Convidava a todos a serem gentis e agradecidos. Anunciava um antídoto à brutalidade de nosso sistema de relações e, sob a linguagem popular e religiosa, um novo paradigma civilizatório urgente em toda a humanidade.

* Houve um homem enviado ao Rio por Deus. Seu nome era José da Trino, chamado de Profeta Gentileza (1917-1996). Por mais de vinte anos circulava pela cidade com sua bata branca cheia de apliques e com seu estandarte, pregava nas praças e colocava-se nas barcas entre Rio e Niterói anunciando sem cansar: "Gentileza gera Gentileza". Só com Gentileza, dizia, superamos a violência que se deriva do "capeta-capital". Inscreveu seus ensinamentos ligados à gentileza em 56 pilastras do viaduto do Caju, à entrada da cidade, recuperados sob a orientação do prof. Leonardo Guelman que lhe dedicou um rigoroso trabalho acadêmico, acompanhado de vídeo e um belíssimo CD-ROM com o título Universo Gentileza: a gênese de um mito contemporâneo.


(Retirei as informações do wikipédia, e quem quiser saber mais sobre, só acessar o link
http://pt.wikipedia.org/wiki/Profeta_Gentileza )



(postado por Julie)

26 de maio de 2011

O drink perfeito!

Pra não errar a medida na hora de preparar aquele drink, o brasileiríssimo designer Fábio Rex,deu uma mãozinha pra gente: preparou a composição ideal no formato ideal (através de uma série de infográficos). Quer algo mais prático? Eu achei super bacana...(e bem convidativo pro fim de semana..rsrs)

*clique na imagem para ampliá-la














Quer mais?? Acesse a página do designer no flickr...além dos drinks tem muita coisa legal lá: http://www.flickr.com/photos/fabiorex/sets/72157625636900017/







(postado por Julie)

24 de maio de 2011

Doenças relacionadas às emoções

Amigos,
Gostaria de dividir com vocês! Achei legal. Hoje tem estudos dizendo que o físico está intimamente ligado ao emocional. Podemos perceber isso também quando estudamos um pouco dos ensinamentos budistas. Tem que praticar heim!
Bjs Etel


Praticamente, todos já ouvimos dizer que muitas doenças são causadas por nós mesmos, por situações e conflitos que criamos com nosso comportamento diante da vida, nossa boca, nosso pensamento, nossas ações. Nada pode estar mais perto da verdade.

Abaixo , estão algumas possíveis situações de doenças de nosso corpo físico e que às vezes são causadas pelo enfraquecimento desta nossa proteção natural.

Acidentes: Raiva, frustração e rebelião.

Alergias: Aparecem naquele s que estão sempre nervosos e irritados com as atitudes das outras pessoas com quem convivem. Se você tem alergias procure ser mais calmo e compreensivo com aqueles que o rodeiam.

Anemia: Você é uma pessoa que praticamente não tem nenhuma confiança em si mesma.

Aparelho Respiratório: Pessoas que estão sempre desesperadas, sempre correndo e que gostam de fazer tudo ao mesmo tempo. O resultado disso é que, muitas vezes, elas não terminam nenhum de seus afazeres, ou não fazem nada direito.

Artrite: Perfeccionismo. Pessoa muito crítica com as outras pessoas que a rodeiam, sejam elas amigos, familiares, companheiros de trabalho, etc... Você também é uma pessoa insistente, talvez levando essa insistência longe demais. Às vezes é bom deixar de lado, desistir de alguma situação difícil, caso não esteja recebendo o apoio de que necessita. Persistir em algo muito complicado, sem ajuda de ninguém, pode lhe trazer sérios problemas com os ossos de seu corpo ou então uma artrite.

Asma: Complexo de culpa.

Ataques: Pensamentos negativos, quem não é feliz.

Bexiga: Segurando a dor para si mesmo.

Braços: Emoções antigas.

Bulimia: Ódio de si mesmo, achando não ser bom o suficiente.

Cabeça: O que nós mostramos ao mundo.

Câncer: Ressentimento profundo.

Coluna: Geralmente essas pessoas gostam de fazer tudo sozinhas e depois, acabam sempre reclamando que ninguém dá uma mãozinha.

Coração: Pessoas que não vivem doi amor e da felicidade.

Dedos: Ego, raiva, medo, preocupação, perda, pretenção.

Dentes (cáries dentárias ou gengivites): Talvez quase ninguém saiba, mas os dentes representam a família. Se você é esteio de sua família, a pessoa a quem cabe tomar todas as decisões, arcando com todas as responsabilidades e conseqüências, é muito propensa a ter problemas com seus dentes, ou a desenvolver uma gengivite.

Dor: Culpa, medo de ser punido.

Estômago ( problemas digestivos): Dificuldade de assumir novas idéias e novas experiências.Se você anda comendo muito, talvez seja a única forma que esteja encontrando para estagnar ou conter seus impulsos de criação. Ou então, pode ainda significar que esteja totalmente insatisfeito com sua vida sexual.

Fígado: Pessoa que acumula o sentimento de raiva dentro de si. Procure liberar sua raiva e não guarde rancor de ninguém. Quanto mais raiva guardar, pior será para você.

Frigidez: Medo, culpa sexual

Garganta: Medo de mudanças, dificuldade em falar e frustração.Quando você tiver algum distúrbio nesta região de seu corpo, não pense duas vezes antes de liberar toda sua criatividade, para assim ampliar a proteção de sua aura. Fale, exponha suas idéias, mesmo correndo o risco de não serem aceitas.

Gastrite: Este tipo de sintoma quase sempre se manifesta em pessoas que guardam para si os problemas, são, maioria das vezes, pessoas introvertidas e que demonstram uma falsa calma e tranqüilidade.

Genitais: Rejeição sexual.

Gordura localizada: Para o conceito esotérico, este tipo de gordura, principalmente quando localizada nas coxas, significa que, quando era criança, você não recebeu aquele carinho tão especial e necessário do colo de sua mãe que com o calor de seu corpo transmitia o amor e a segurança que precisava. Inconscientemente, esta carência está registrada em seu íntimo, fazendo-o desenvolver algum tipo de gordura localizada.

Impotência: Medo, inveja do próximo.

Joelho: Inflexibilidade, ego, medo de mudanças, há um excesso de humildade.

Mãos: Pão duro ( não gostam de gastar dinheiro).

Obesidade: Insegurança.

Orelhas: Dificuldade de aceitar o que lhe é dito.

Pele: Pessoas que possuem poder sobre você.

Pernas: Medo de enfrentar as coisas novas do dia a dia.

Pés: Dificuldade em compreender a si próprio.Suas opiniões quase nunca são escutadas ou respeitadas pelas pessoas mais próximas.

Pescoço: Pessoas muito teimosas e inflexíveis. Para estas pessoas, a aura nesta parte do corpo não vai além de alguns centímetros de proteção.

Retenção de Líquidos: Na alquimia, a água representa intuição. Se você tem tendência a reter líquidos em seu organismo, deve ser uma pessoa de intuição muito forte. Não tenha medo e libere suas manifestações intuitivas.

Rins: É exatamente no chackra supra-renal que as mágoas se acumulam, diminuindo muito a proteção do campo áurico dessa região. Não é por acaso que, em uma situação de separação, por exemplo, que geralmente traz consigo muita mágoa, tristeza e dor, os envolvidos acabam desenvolvendo alguma coisa relacionada a este órgão, como é o caso de um cálculo renal.

Tumor: Feridas antigas, tormento, não se permite a cura.

Úlcera: Medo de não ser bom o suficiente.

Varizes: Geralmente são aquelas pessoas que não aceitam as condições que lhes são impostas, querendo que tudo ocorra sempre ao seu jeito.


Você pode estar se perguntando:
"O que fazer para mudar essa situação?"

Sabendo que uma das possíveis causas de sua doença pode ser algo relacionado ao que foi dito, que tal começar mudando seu comportamento em relação à vida e às pessoas com quem você convive?


(postado por Etel)

23 de maio de 2011

Sobre as borboletas!


"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres.Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possui. (John Lennon)


Estive pensando sobre essa frase do Lennon... Sabe aquela pessoa que vê a borboleta tentando sair do casulo e tenta ajudar com pena da borboleta? É preciso entender que cada pessoa tem seu tempo... pra tudo! Nesse mundo doido que vivemos "achamos" que as pessoas tem que pensar como nós, identificar as nossas verdades e concordar com elas. Isso gera ansiedade e por consequência uma depressão. Sentimos sempre que está faltando algo, um buraco sem fundo! Nada disso! Está faltando é prestar atenção no hoje, no agora e aproveitar esse momento maravilhoso... de coisa boa ou coisa ruim! Coisa boa é pra curtir mesmo; e a coisa ruim, é uma oportunidade que o divino está dando de crescimento! Isso é um pouco da tal 'tolerância" que nos falta... e tão dificil de ser praticada! Lembrando a Ruth Rocha: " "temos que ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas"...

BOA SEMANA A TODOS OS MEUS AMIGOS! Bjs

Etel

22 de maio de 2011

Elegância desobrigada






Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer… porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição…
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens…
…Abrir a porta para alguém é muito elegante… dar o lugar para alguém sentar… Oferecer ajuda… …Olhar nos olhos, ao conversar…
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem enorme para a alma…
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social:
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.





*O texto apresenta controvérsias quanto a autoria ,aparecendo na maioria das vezes como "anônimo", mas muitos o atribuem a Toulouse Lautrec,artista mais conhecido por suas pinturas pós-impressionistas, que retratram a vida boêmia de Paris, do final do século XIX.


(postado por Julie)

21 de maio de 2011

"Oração" - A banda mais bonita da cidade



Essa banda de Curitiba está bombando na rede com esse vídeo. A letra é do cantor e compositor Leo Fressato.
Achei gracinha!
Uma produção simples e bem pensada,de uma sutileza encantável...
: )


* O clip faz referência ao vídeo "Nantes" do Beirut (http://www.youtube.com/watch?v=hq2s0AhdFE4&feature=player_embedded), grupo americano que os integrantes d'A Banda mais bonita da cidade, afirmam ter uma admiração (e eu tbem!).


(postado por Julie)

19 de maio de 2011

: )

"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser!"

Caio Fernando Abreu



(postado por Julie)

18 de maio de 2011

“O homem é um vaso onde não cabe a perfeição.Para avançar, tem que sempre perder alguma coisa.”


(HERDER, 1995, p. 30).






(postado por Julie)

17 de maio de 2011

Mineirês

Ei amigos...
Jeitim minerim de falá é bão dimais! Apesar de ser goiana do pé rachado kkkk sou minerinha de coração! Dorei isso aí e quero dividi concês!!!
Bjs Etel



O SOTAQUE DAS MINEIRAS

(Felipe P. Braga Netto)


O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais,
como é que o falar sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?

Porque, Deus, que sotaque!Mineira devia nascer com tarja preta
avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho,
me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de
perguntar: 'só isso?'.
Assino, achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por
engano, só pelo sotaque.

Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas.
Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho.
Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.' Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.

Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço.
Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô.
Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço.
Faz sentido...

Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?'
Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada.
Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc)
O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados.
Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada.
Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'

Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase.
É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'.
É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.

Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que,'apaixonado com'. Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...' Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira.
Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.

Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: -'Eu preciso de ir..' Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta...
Só não me perguntem! Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.

No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente.
Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu?
Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena,suspirará: '- Ai, gente, que dó.'

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras...
Não vem caçar confusão pro meu lado!
Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.

Ah, e tem o 'Capaz...' Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? com algumas toneladas de ironia..
Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá.

É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?
Completo ele fica: '- Ah, nem...' O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum.
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'. Resposta: 'nem...' Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?

Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.

Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'.. - Que' s coisa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o 'que'!

Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'. E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará: - Ele pôs a culpa 'ni mim'.

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'. E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.

Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.

Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'. É útil deixar claro o destinatário do tchau... Na verdade, aqui se fala tiau!!! É como eu me despeço docê!



* Crônica extraída do livro 'As coisas simpáticas da vida', Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.


(postado por Etel)

15 de maio de 2011

...


Gosto das reticências...
Gosto de ver o que os meus olhos não alcançam e apreciar o que ainda não existe...

Aprendi a colocar os pontos finais quando é preciso, sem esgotar as possibilidades
Preparar a alma e receber o que vier...

Deixo a porta aberta e o coração livre
Os pés no chão
Pensamentos ao vento...

Pontos finais as vezes assustam
Enganam...
De um lado, soa claro como uma exclamação
Do outro, nada se vê além de uma interrogação
É mais ou menos isso, quando chega o fim...

Quando ele chega
O passado volta, o presente treme e o futuro....

Ah, o futuro ficou mais bonito depois que chegou o fim...
Ficou mais leve e feliz
Os olhos se encantaram novamente na sua incerteza...surpresa...

Gosto das reticências..
Gosto do que está por vir e do que num passado recente, era futuro e agora já chegou....presente

Presente de Deus
Presente do presente
Presente a quem conseguiu - nas reticências - ir além do que determinou o fim...

: )


(postado por Julie)

9 de maio de 2011

A flor vermelha do caule verde


Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno e estudava numa grande escola. Mas, quando o menino descobriu que podia ir à escola e, caminhando, passar através da porta ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Certa manhã, quando o menininho estava na aula, a professora disse:
– Hoje faremos um desenho.
– Que bom! Pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, barcos e trens. Pegou então sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
– Esperem. Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, desenharemos flores.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seus lápis cor-de-rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
– Esperem. Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:
– Hoje faremos alguma coisa com barro.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de barro. Ele podia fazer todos os tipos de coisas com barro: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e a amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
– Esperem. Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, faremos um prato.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:
– Esperem. Vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. Assim, disse a professora, podem começar agora.
O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais de seu prato do que do da professora. Mas não podia dizer isso. Amassou o seu barro numa grande bola novamente e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo.
E, muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, e a fazer as coisas exatamente como a professora fazia. E, muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si mesmo.
Então aconteceu que o menino e sua família mudaram-se para outra casa, em outra cidade, e o menininho teve que ir para outra escola.
No primeiro dia, ele estava lá. A professora disse:
– Hoje faremos um desenho.
– Que bom! Pensou o menininho. E ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava pela sala. Então, veio até ele e falou:
– Você não quer desenhar?
– Sim, disse o menininho. O que é que nós vamos fazer?
– Eu não sei até que você o faça, disse a professora.
– Como eu posso fazer? Perguntou o menininho.
– Da mesma maneira que você gostar. Respondeu a professora.
– De que cor? Perguntou o menininho.
– Se todos fizerem o mesmo desenho e usarem as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um?
– Eu não sei, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.

Conto de Helen Barckley


* Trabalho esse texto com alunos da graduação nas áreas da educação e fazemos exatamente esse questionamento. Pena que as escolas "abortam" a primeira forma de expressão escrita das crianças... o desenho. Acham sem sentido, feio... que pena isso!


(postado por Etel)

8 de maio de 2011

Mãe

O mais sólido, puro e sincero de todos os amores: o amor de mãe!
Que possamos todos os dias expressar e retribuir da melhor forma esse amor único!
Parabéns a todas as mães!
: )


Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade




(postado por Etel e Julie)

2 de maio de 2011

Criatividade


"Chega ao colégio e - surpresa! - pedem-lhe que faça um navio. A coisa que ele mais gosta: desenhar. Faz um navio lindo, redondo como a lua, cheio de árvores no interior e com dois bichos nadando - elefantes, diz ele. A professora olha a obra de arte, pergunta o que é e recebe a resposta: ‘Um navio! ’ Carinhosamente, a professora vai até o quadro e desenha um navio clássico, com velas, proa e popa, um digno navio de adulto, e diz: ‘João Paulo, isto é um navio e elefante não nada! ’ João Paulo havia feito um navio original, diferente dos outros, lindo, nunca feito por alguém. Havia criado o primeiro navio redondo, e a professora, que seguramente não havia lido "O Pequeno Príncipe", deu-lhe uma lição de como as pessoas devem ser bitoladas desde criancinhas."
(LISBOA, 1998, p. 15)

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“Apontamos ainda uma série de pressupostos cultivados em nossa sociedade, como, por exemplo, de que tudo tem que ter utilidade, tudo tem que dar certo, tudo tem que ser perfeito, não se pode divergir das normas impostas pela cultura etc., que contribuem para manter adormecido o potencial para criar, presente em todo ser humano, dificultando à pessoa correr o risco de experimentar, de ousar, de divergir e de fazer um uso positivo de sua imaginação.”
(Barreiras à criatividade pessoal , de Eunice Alencar e Denise Fleith)




(postado por Julie)

1 de maio de 2011

Japão

Há algum tempo queria postar algo sobre o Japão, cultura que sempre me encantou, despertou curiosidade e conquistou minha admiração. Com os tristes acontecimentos em março,muito se tem falado sobre a “essência” desse povo e sua postura diante da tragédia. Alguns, (na verdade muitos) tem feito críticas ferrenhas e piadinhas acerca de algumas atitudes adotadas pelos orientais (esse assunto rende conteúdo para um outro post e vou discorrer mais sobre ele em breve)

Mas enfim, acho uma pena o tamanho da ignorância e o desperdício do enriquecimento cultural, alimentado pela visão etnocêntrica.
Entender uma cultura não é questão de concordar ou não com suas tradições, mas, respeitá-las exatamente nas diferenças.

Abaixo,uma abordagem belíssima da monja Coen sobre o país, ao som peculiar do Coldplay.



A monja Coen, que mora em São Paulo no Templo Busshinji, explica porque os japoneses estão surpreendendo o mundo com seu modo de fazer face às dificuldades.

"Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.
Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.
A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.
A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.
Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área.
As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.
Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam.
Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença.
Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta.
Desculpe pela minha dor, pelas minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra.
O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos.
O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?,Me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Buda.
Mãos em prece."

Monja Coen


(postado por Julie)